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terça-feira, 12 de maio de 2015

Resenha: Aoharaido (Ao Haru Ride)

Sinopse: "Yoshioka Futaba é uma garota bonita e tímida, o que a tornava muito fofa perante os meninos no ginasial, o que faz com que ela seja  isolada pelas outras garotas da escola, e além disso, um mal-entendido a impede de se confessar ao garoto que gostava, Tanaka-kun, que após problemas familiares acaba trocando de escola. Devido a ter sido isolada no ginasial, Fukaba busca sufocar sua feminilidade durante o Colegial, para fazer novas amigas. Fukaba estava satisfeita ao viver sua vida dessa maneira, até que ela reencontra Tanaka-kun, mas agora ele está sob o nome de Mabuchi Kou. Ele revela que seus sentimentos eram mútuos, mas que ficou tudo no passado."


 Depois de ser isolada por suas amigas no ginasial, Yoshioka Futaba tenta ser menos feminina, e adota um estilo 'desencanado' (leia-se: relaxado), comendo sempre em grandes quantidades e de maneira grotesca, tem a bolsa desorganizada, como dito no próprio mangá, adota maneiras bem ogras, e faz tudo isso em prol de não despertar o interesse dos garotos, para poder manter uma amizade com Chie e Asumi, duas garotas invejosas, que faziam com Yuuri Makita, uma garota de sua classe, o mesmo que as garotas de sua outra escola fizeram com ela, devido ao jeito meigo da garota.

 Sua vida sofre uma grande reviravolta quando já no fim de seu primeiro ano no colegial ela reencontra Mabuchi Kou (antigo Tanaka Kou), que após revelar que também tinha sentimentos por ela quando estavam no colegial, passa, com uma bela dose de sarcasmo, a criticar a escolha de Futaba por viver como uma personagem para manter suas amizades 'de fachada'. Isso entra na cabeça de Futaba, que após alguns acontecimentos percebe que aquilo realmente é errado e prejudicial. Ela acaba criticando Chie e Asumi por seus comentários maldosos sobre Yuuri, e esta lhes da uma resposta mais do que a altura. Futaba ainda tenta uma reaproximação com Chie e Asumi, mas estas dizem que as três não podem mais ser amigas.

 No inicio do segundo ano do ginasial, ultimo capítulo do volume, já vemos uma mudança em Futaba. Ela já não vê a necessidade de se esconder, e percebe que não precisa ser falsa para ter amigos, e sim ter amigos que a aceitem por ser quem ela é. E isso não vale só pra ela, sempre sejam vocês mesmos.



***


 A arte do mangá é linda, a história é facilmente entendida pelos leitores, com seus personagens bem construídos, pois qualquer um que já tenha sido excluído de um grupo entende o que Futaba sente, a necessidade de contato humano que faz com que as pessoas mascarem aquilo que realmente são e sufoquem seus gostos em busca de aceitação, todos já conheceram meninas chatas e invejosas como Chie e Asumi que isolam outras pessoas devido sua popularidade, ou simplesmente cometem bullying.

 Já o Tanaka/Mabuchi é o que nos da aquele gostinho de quero mais A autora soube nos deixar curiosos sobre o que aconteceu para ele passar de um menino meigo a um garoto sarcástico e rude em certos momentos. Quais foram os problemas familiares que o mudaram tanto? Como vai ser de agora em diante, com ele e Futaba na mesma classe? Será que seus sentimentos por Futaba iram voltar? Isso vai fazê-lo abandonar sua postura sarcástica e voltar a ser o menino simpático por quem Futaba se apaixonou? E isso nos prende a história de uma maneira que nem todas conseguem.

 Aoharaido é um mangá que me surpreendeu e me conquistou, pois não esperava tanto depois de ler o primeiro capitulo, o Unwritten, por ser meio superficial devido a ser curto, mas a história vai se aprofundando conforme os capítulos passam. Só que, por mais que tenha gostado, sinto um certo receio em continuar colecionando. No dia em que comprei, conversando com algumas pessoas na loja, todos que leram o mangá disseram que com o tempo a história se torna repetitiva, um chove-e-não-molha de eu quero ficar contigo mas não agora, e isso fez com que ficassemos na dúvida se devemos colecionar ou não. E vocês, o que me dizem?


AohaRaido é um mangá Shoujo, de Io Sakisaka, mesma autora de Strobe Edge (ainda não publicado no Brasil), e é publicado pela editora Panini no selo Planet Mangá, custando R$ 12,90.

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